Engraçado como algumas coisas vêm ao nosso encontro justamente nos momentos em que parecem ter sido costuradas como uma luva, sob medida, como que propositalmente. Uma vez um professor meu disse que nada na natureza é aleatório. Não sei se concordo ou discordo. Mas vou me lembrar disso. É polêmico, controverso, mas mesmo assim (talvez por causa disso) eu fico saboreando essa ideia como um pedaço de chocolate que se deixa na boca para derreter por si só, apenas esperando o dia em que, casualmente (será mesmo casual?), a conclusão me acertará como um raio direto na cabeça, o chocolate por fim derreta. Pode ser que se prove verdadeira, ou pelo contrário, falsa. Talvez eu esteja sentado num banco da estação, esperando o trem, ou curtindo uma praia. Amanhã ou daqui a dez anos, vinte. A revelação! Pimba! Na cabeça. Logo surgirá uma infinidade de relações com vivências passadas que, até então também sem sentido, ganharão ordem.
Vou deixar os eventos irem pavimentando a transição. Aos poucos, experiências vão se encaixar para fazer daquela peça, agora tão estranha e deslocada, parte de um assombroso mosaico novo de cores e formas tão vibrantes que a verdade possa ser lida sob sua luz. Um vitral de liberdade.
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